MAIS REPERCUSSÃO DO PROTESTO DE PAQUETÁ, AGORA NO JORNAL O GLOBO edição de hoje (25/jan)

O protesto em frente ao Palácio Guanabara rendeu tudo que precisávamos: visibilidade para nossa luta pelos nossos horários e pressão da mídia sobre o governo para que nos atendam!
Diretoria da MORENA
Leiam a íntegra da matéria abaixo:
BARCAS: USUÁRIOS PROTESTAM E PEDEM SOLUÇÃO PARA IMPASSE EM TORNO DA RENOVAÇÃO DA CONCESSÃO
Contrato termina em fevereiro e concessionária ameaça interromper o serviço. Manifestantes se reuniram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado para cobrar solução
Por João Vitor Costa — Rio de Janeiro
Cerca de 60 pessoas se reuniram na manhã desta terça feira em protesto na porta do Palácio Guanabara, sede do governo do estado, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. Organizado pela Associação de Moradores da Ilha de Paquetá (Morena), o movimento levou placas e cartazes reivindicando uma definição de como será a operação das barcas, devido ao término de contrato com a concessionária atual (CCR), que se encerra no próximo mês, além da expansão da grade de horários, que atualmente prejudica a rotina de quem trabalha e estuda no continente, além da visita turistas.
— Nossa reivindicação é por mais barcas. Estamos há três anos com os horários reduzidos em quase 50%, baseado no argumento de que a linha para Paquetá era deficitária — afirma Guto Pires, presidente da Associação de Moradores da Ilha de Paquetá (Morena, sigla oriunda do nome original da associação, Moradores Reunidos na Amizade), que agora cobra a retomada de “100% da grade”:
— Está sendo feito um acordo entre o governo e CCR Barcas, em que a concessionária terá a dívida diminuída. Se o prejuízo desaparece, não tem porque não voltar com os nossos horários.
O presidente da Morena se refere a um acordo firmado no fim de 2022, em que a CCR Barcas terá o seu contrato — que acaba em fevereiro — renovado por um ano. Quando foi anunciado o acordo, o governador Cláudio explicou que faltava aprovação do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Presidente da Frente Parlamentar de Transporte Aquaviário da Alerj, o deputado estadual Flávio Serafini anunciou uma reunião com representantes da Secretaria de Transportes na quinta-feira, às 14h.
— A gente está muito preocupado porque, até o momento, o governo não apresentou alternativas (para a operação das barcas) o que, na nossa avaliação, é o governo jogando peso para que o Ministério Público avalize um acordo que tem como base uma dívida, que tem sido judicialmente contestada há anos. É inaceitável a incompetência do governo nos colocar nessa situação: entre a interrupção do serviço ou assumir uma dívida milionária — observa Serafini.
Deslocamento cansativo
Quem mora na Ilha de Paquetá, que é um bairro da capital fluminense, se queixa da dificuldade em acessar o continente.
Francisco Campos, de 18 anos, mora em Paquetá e aguarda o resultado do Enem para tentar uma vaga no curso de Jornalismo, em alguma universidade, como a UFRJ:
— Existe a possibilidade de eu não conseguir voltar para casa. Como o contrato está perto de acabar, a gente fica sem rumo: não sei como vai ser a minha ida e volta para a faculdade — preocupa-se o jovem, que conta já ter experiência no translado. — Passei o último ano fazendo pré-vestibular em Botafogo. Precisava pegar a barca de 5h10 para a aula de 8h, eu acabava o dia “morto”. Não existe acordar 4h para poder estudar — desabafa.
Já Mário Jorge de Souza, aposentado de 82 anos que mora na Ilha desde que nasceu, conta que o problema é receber as visitas:
— Meus netos, que já têm 27 e 33 anos, não querem mais me visitar, nem saber de Paquetá, porque é difícil o retorno. Quando eles vão no fim de semana, não sabem se vai dar para voltar, porque se perderem a barca das 18h, a outra já é às 23h30.
A atriz Rita Rodrigues, que mora em Paquetá há seis anos, conta qual é a estratégia adotada para receber os amigos que moram no continente.
— Quando eu fui morar lá, fazia altos almoços, porque adoro cozinhar e minha casa tem um quintal grande. Hoje em dia o que a gente faz: já combina previamente que as visitas vão dormir lá em casa, dependendo do evento, porque é inviável para qualquer um ir embora — descreve.
Horários
A principal queixa dos moradores é o intervalo grande entre as barcas, principalmente nos fins de semana e feriados. Devido ao número de turistas na Ilha, quem perde ou não consegue vaga na barca das 18h30 (penúltima), só consegue embarcar na de 23h30.
Praça XV x Paquetá (dias úteis):
4h
6h20
9h
13h30
16h
18h30
20h50
23h10
Paquetá x Praça XV (dias úteis):
5h10
7h40
10h50
14h30
17h20
19h40
22h
Praça XV x Paquetá (fins de semana e feriados):
4h
7h
10h
13h
17h
17h
22h
Paquetá x Praça XV (fins de semana e feriados):
5h30
8h30
11h30
14h30
18h30
23h30
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