Projeto Universidade do Mar
O projeto UNIVERSIDADE DO MAR, como é conhecido hoje, nasceu a partir do Ato Público Em Defesa de Brocoió, organizado pela MORENA em 15 de agosto de 2018. A mobilização denunciou a tentativa de venda do casarão histórico da ilha de Brocoió pelo governo estadual. Na ocasião, a MORENA cobrou compromisso dos candidatos aos Poderes Executivo e Legislativo do Estado do RJ, em favor de Brocoió tornar-se uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE).
Em 2017, a MORENA e o Movimento Baía Viva promoveram um evento, em Paquetá, para debater a viabilidade jurídico-administrativa da ampliação do transporte aquaviário e o Zoneamento Eco-Econômico da Baía de Guanabara. O encontro contou com a presença da XXI Administração Regional, Comunidade Livre dos Pescadores de Tubiacanga, Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), Grupo de Estudos de Direito Administrativo da UFF (GDA-UFF) e do Vice-Prefeito do Rio.
A partir de 2018, a MORENA, o Movimento Baía Viva e a Faculdade de Oceanografia da UERJ passaram a elaborar, em conjunto, o projeto UNIVERSIDADE DO MAR DA BAÍA DE GUANABARA – Centro de Pesquisas Marinha e Oceanográfica. A evolução do processo de debates entre as três instituições convergiu para um projeto de universidade aberta.
A UNIVERSIDADE DO MAR, conforme seus idealizadores, estará voltada ao desenvolvimento das áreas de ensino, pesquisa e projetos de extensão e sua infraestrutura e instalações físicas serão implantadas em Paquetá (Campus Avançado em Terra) e Brocoió (Campus Avançado no Mar).
O projeto prevê a formação de um consórcio de universidades, órgãos públicos e entidades civis, com o objetivo estratégico de contribuição para o processo de recuperação ambiental integrada da Baía de Guanabara e de seus ecossistemas, além da defesa da conservação das espécies marinhas ameaçadas de extinção (como o boto-cinza, símbolo do Rio de Janeiro).
A gestão da UNIVERSIDADE DO MAR ficará a cargo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), por meio da Faculdade de Oceanografia (FAOC), credenciada por sua histórica e ativa atuação na Baía de Guanabara, em quatro áreas: oceanografia biológica, oceanografia física, oceanografia geológica e oceanografia química. A FAOC é responsável pelo exitoso Projeto Mamíferos Aquáticos (MAQUA), que há 20 anos atua no monitoramento dos botos-cinza, uma das espécies marinhas ameaçadas de extinção na Baía de Guanabara.
O projeto vem sendo bem recebido no âmbito do governo do estado e da prefeitura, bem como junto a órgãos do poder público, além dos apoios recebidos por dezenas de entidades científicas e centros de pesquisa na área ambiental.
Em Paquetá, o projeto foi apresentado durante a 3a FLIPA, em novembro de 2019, no Bar do Zarur (Tia Leleta), e recebeu entusiasmado apoio da comunidade, que considera esse ousado projeto uma possibilidade de crescimento da economia da ilha, de ampliação de oportunidades de estudo e trabalho para os jovens e de preservação de Paquetá e da Baía de Guanabara.